Arredores do shopping. Foto: Roberta Perez / Panoramapress |
Inaugurado na última quinta-feira (12), após dois anos de obras e investimentos de aproximadamente R$ 190 milhões, o Shopping Bela Vista não provocou uma boa impressão no meu primeiro contato com o empreendimento (tarde do sábado, dia 14 de julho). A priori pelo acesso ainda em construção, que consiste em pistas de barro seco em vez de vias asfaltadas para locomoção de veículos. E depois pela falta de sinalização dos estacionamentos do terraço e a orientação de ter que estacionar o carro do lado de fora do estabelecimento comercial em vias de movimentação, simplesmente por falta de vagas. Além disso, como já era esperado, o segundo dia de funcionamento do centro comercial foi também de grande visitação. Milhares de pessoas puderam conhecer o local e se deparar com boa parte das lojas ainda fechadas, o que pode ser considerado normal por já ter acontecido com os outros grandes shoppings da capital baiana, mas que, bem ou mal, me frustrou. As falhas citadas acima me fizeram concluir que o “Bela Vista” foi lançado de forma prematura, já que está incompleto tanto na parte de fora (apresentação do shopping) como na de dentro. Parte de dentro que tem um chão vergonhoso. O piso é feio e sujo (essa última observação não foi só minha), o que chamou bastante atenção e foi alvo das principais gozações do “programão” de sábado. Para encerrar as críticas, destaco o tamanho dos elevadores. São muito pequenos, parecendo até com os de um edifício residencial, o que pode provocar transtornos em datas comerciais, como o dia das mães, pais, namorados, Natal, entre outras tantas.
Caminho de acesso ao shopping. Foto: Roberta Perez/ Panoramapress |
O “Bela Vista” também é motivo de orgulho para o soteropolitano. Mesmo tendo citado anteriormente vários pontos a serem questionados pela opinião pública, sinto a obrigação de ressaltar também que fiquei muito contente em saber que a “The Fifties” – hamburgueria adequada aos moldes americanos – já está em Salvador. Além da lanchonete, o novo shopping trouxe também o primeiro cinema em 4D à capital, o que é animador por um lado e preocupante pelo outro. Isso porque, o centro comercial foi construído em um local bastante popular – próximo ao bairro do Cabula, Pernambués e da Rótula do Abacaxi – e oferece ingressos no valor de até R$ 55. Com certeza, desta forma, irá excluir alguns habitantes locais. Quase já ia esquecendo. A saída principal do estabelecimento dá nas proximidades da rótula – trecho que normalmente apresenta contenções – o que deve piorar e muito o fluxo de veículos nos horários considerados de pico (de 8h às 9h e das 18h às 19h).
Carros estacionados na rua. Foto: Roberta Perez/ Panoramapress Por Leonardo Martins |